Bom, fiquei muito em dúvida sobre escrever ou não sobre isso, mas como
eu estou num momento Sex and the City (sempre!), lembrei que a Carrie sempre
escrevia sobre seus relacionamentos, sejam eles felizes ou fracassados.
Então vamos em frente!
Eis que de repente , não mais que de repente a vida me presenteou - não
com dois primos já marmanjos - mas com uma paixonite aguda e fulminante!! Daquelas típicas de 2 adolescentes!
Estava eu muito bem, feliz, sozinha e contente no meu canto, num evento
da empresa em outra cidade quando minha amiga me conta sobre um amigo - da área
dela - que está com problema de câncer na família, e, coitado, está se isolando
de todos, e "vamos chamá-lo para almoçar conosco"! Obviamente, quando
ela usou a expressão " está com problemas" meus olhos já
brilharam,né????!!
Como boa psicóloga frustrada que sou, ADORO um problemático, seja isso
consciente ou não. Está faltando Freud em mim para explicar isso , mas tudo
bem...rsrsrsrs
Então, quando vi aquele homem de olhos verdes e 1,90m se aproximando da
nossa mesa, pensei logo : "huuummm... parece bom isso..."
Na noite de 6ª feira, após o final de todos os trâmites de
trabalho, estávamos nós numa balada em Salvador, livres, leves e
soltos e com álcool liberado. Põe nessa conta umas 90 pessoas no mínimo, já que
na convenção tinham 150, na balada tinham pelo menos umas 90.
Papo vai, papo vem, eis que a minha amiga Monica tem uma
"grande" ideia e me chama para perto dela, onde está o tal
baiano de 1,90m.
Que após umas caipirinhas me tira pra dançar ( logo eu, que como
carioca-paulistana sou completamente "dura" para forró e
semelhantes). Eu pensei :"Ok, já estava mais pro final da festa, os chefes
já foram embora..." então, terreno liberado para uma dancinha.
Obviamente que a dança evoluiu para muita conversa, um beijo roubado na porta
do banheiro (delícia típica de adolescentes!) e um bate-papo na beira da
piscina do hotel até de manhã.
E com a ajuda do álcool, claro, mas tb por uma necessidade de desabafar
ele me contou toda sua vida em apenas algumas horas.Inclusive me contou como
no 1º dia da convenção eu sentei numa cadeira - entre 150 pessoas, vejam bem:
de costas para ele.Ficamos "costas com costas" no 1º dia e ele não
tirou o olho de mim desde então.
Depois de todas essas confissões, eu , como boa pisciana, me apaixonei
de cara ,é óbvio.
E assim tivemos um lindo final de semana em Salvador, com direito a tour pela cidade e tudo o mais.
Desde então não ficamos mais de 48 h sem se falar por telefone ou e-mail
(moramos nesse momento a mais de 2000 KM de distância).
E não só nos falando, mas trocando milhares de SMS fofos durante o dia, como há muito tempo um homem não escrevia pra mim...e assim fomos levando.
01 mês depois passamos um lindo feriado prolongado em SP, e mais um mês
depois passamos uma linda semana na casa dele.
Ah!!Quando eu digo "passamos" , após Salvador, eu estou
incluindo o João,ok?
Nossa, nem consigo descrever o sentimento de assistir os dois criando
laços, e se apaixonando um pelo outro... o João rapidamente aprendeu a
reconhecer e buscar o "tio" e o "tio" já estava levando o
"Playmobil" pra lá e pra cá. Vcs podem imaginar um bebê de 0,80 e
poucos cms ao lado de um homem de 1,90, o apelido não podia ser outro,né?
KKKkkkkkk...
Enfim, passamos uma semana em família, com direito a tudo q uma semana
em família oferece: muito amor, carinho, trabalho, passeios, curtição e - pq
não? - um certo stress.
Já que após essa semana começamos a sentir o peso de um relacionamento a
distância.O peso da possibilidade de uma vida " em família" , o peso
dos problemas pessoais e profissionais
pré-existentes e das possibilidades futuras que uma mudança de cidade
poder gerar, enfim...
Como seres humanos - idiotas e problemáticos - que somos, o fantasma
medo do futuro e do que pode acontecer começa a nos assombrar...
Pq o ser humano – burro? – tem que ficar raciocinando e pensando em
todas as milhões de possibilidades que o futuro pode oferecer.
Em vez de simplesmente ir lá, fazer e pronto.
Agora, pós Dia dos Namorados a distância, só Deus sabe o que vai
acontecer, pq nós não sabemos de nada.
Bom, só espero que esse não seja (mais um) relacionamento-relâmpago na minha
vida.
Mas tb se vier a ser, sempre aprendemos alguma coisa,né?
Termino com trechos da música do Peninha que Caetano gravou lindamente -
ERA UMA BRINCADEIRA
"...Quando o meu mundo era mais mundo e todo mundo
admitia uma mudança muito estranha, mais pureza,
mais carinho,
mais calma, mais alegria no meu jeito de me dar...
mais calma, mais alegria no meu jeito de me dar...
Ter saudade até que é bom, é melhor que caminhar
vazio ..."
Fui!
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