Férias no Rio de Janeiro.
Cheguei na 6ª e já tinha um 1st date marcado para uma 3ª feira.
"Bom, tenho 2ª e 3ª para pegar uma cor", eu pensei na minha santa ingenuidade.
Claro que só choveu desde domingo :/
Então fui lá eu: branquela mesmo (com um blushzinho básico) para o que eu vou chamar de meu 1st date ever!
E fui lá de vermelho/laranja:unhas,blusa e bolsa-carteira.
Uma rápida ilustração do carinha em questão: um desses amigos desde sempre q vcs sabem como é: já saímos um milhão de vezes, já me viu linda, já me viu acordando descabelada e está careca de me conhecer. Desse jeito dá menos trabalho.
Mas estou chamando de 1st date pelo seguinte: é o meu 1st date como pessoa-mãe.
Como vcs sabem eu estou (ou estava) praticamente celibatária em vários sentidos há um tempo já, por N motivos.Sem beber, sem fumar e sem f.....Rsrsrsrsrs...
Digamos que isso não vinha sendo uma prioridade na minha vida. Mas é uma prioridade nas minhas férias!!
E ontem me status mudou.Não vou entrar nesse mérito, afinal eu não sou uma cronista erótica e nem pretendo ser, e além disso , não se encaixaria nesse blog.
Mas vou expor um pouco alguns sentimentos que rolaram.
Começamos com um jantarzinho japonês básico - há quanto tempo eu não fazia isso!!- e eu fiquei na dúvida cruel de sempre: tomar um não um chopinho casual.
Pq não tomar, pq tomar, pq não tomar, pq tomar, então tomei-lo-o!!
E depois do 2º me percebi já meio esquisita. Um pouco eufórica, eu diria, acho q pela mistura do álcool com a excitação/apreensão do momento.For the record, não passei de uns 4 no total. Para quem me conhece sabe que isso não é nada. Nada para o meu eu-pré-maternidade. Para o meu eu-mãe já é suficiente.
E estavámos todas lá no date: eu-mãe, eu-pessoa, eu-mulher, eu-paulista, eu-carioca, eu-menina adolescente com uma huge crush no carinha sentado a minha frente.
Foi até bastante interessante perceber que nosso assunto principal foi mesmo filhos. Ele tb com um filho pequeno e uns aninhos a mais de experiência no assunto.E nós com as mesmas opiniões: (q me desculpem as minhas amigas sem filho, mas eu continuo achando q vcs vão mudar de idéia quando forem mães) : o exemplo é a melhor maneira de educar sim, nossa vida muda depois deles sim, nós temos que adaptar nossa rotina/emprego/tudo enfim, a eles e não eles devem se adaptar a nosso estilo de vida.
Em comum tb o maior medo de todos: que eles façam metade do que nós fizemos e corram metade dos riscos que corremos quando mais jovens.
Papo vai, papo vem, eu me vi mais tranquila e confiante com a minha nova- eu. Acho q eu-de agora posso ser bem legal também. Eu-de antes também era muito legal, mas como essa nunca mais vai existir mesmo, foi bom saber que eu-de agora tb posso ser bem interessante.
Preciso registrar que foi tudo ótimo e muito legal, mas, é claro q eu passei a noite inteira olhando no celular , esperando uma ligação da minha mãe, que aliás não veio, pq afinal de contas ficou tudo bem.
O João dormia todo o tempo. E sim, ele sobrevive sem mim, isso já está provado.
Eu é que preciso trabalhar minha sobrevivência sem ele a partir de agora.
Pq , claro, quando foi chegando perto de meia-noite, a personalidade eu-pessoa-mulher foi sumindo e entrou em cena a personalidade eu-mãe-culpada, tipo: "ok, foi tudo ótimo, mas agora eu quero ir embora.Já deu." (perdoem o trocadilho, não resiti!).
É isso. Foi um ótimo 1st date com o carinha e comigo mesma e foi muito bom saber q eu ainda existo. Ou melhor, que essa nova pessoa que existe em mim pode ser bem legal e interessante tb.
Não que eu tenha a pretensão de uma vida perfeita,pq isso ng tem, mas pq não pensar q em breve posso ter de tudo um pouco: filho, amigos, carreira e afetividade tb. Pq não?
Estou trabalhando para isso, inclusive com uma boa babá "no forno". Mas isso será assunto para um outro post.
Férias - here I come !!! (putz, outro trocadilho infame, sorry!! Kkkkkk...)!!
Fechei com essa.
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